De novo cover art

De novo

Creat pe oct. 7, 2025

Versuri

(Verso 1 — versão mais longa e intensa)
Penso, repenso, despenco, sem freio,
Corro da dor, mas tropeço no meio,
A vida me puxa, me joga no enredo,
Prometo mudança, mas volto com medo.
Trampo demais, e o peito é prisão,
Rimo pra ver se apago a razão,
Olho no espelho, vejo um estranho,
Fiz tanto dinheiro e perdi o tamanho.
Meus planos tão mortos na mesa do quarto,
Minha fé dorme no canto do asfalto,
O relógio me olha, me cobra o passado,
E o tempo me lembra: “tu tá atrasado.”
Os sonhos se foram, queimaram comigo,
O silêncio é o som que dorme comigo,
E toda vitória que eu tento segurar
Vira cinza no ar, antes de eu respirar.

(Refrão — doloroso)
De novo eu caio, sangrando calado,
De novo sorrindo pra disfarçar o estrago,
De novo eu amo quem já foi embora,
De novo eu espero quem nunca volta.
De novo eu grito, ninguém escuta,
De novo eu tento curar com luta,
De novo eu finjo que o peito é de aço,
Mas dentro de mim... só tem cansaço.

(Verso 2)
Cansado do ciclo, do mesmo caminho,
O quarto é barulho, mas eu tô sozinho,
Rimo depressa pra fugir do vazio,
Mas quanto mais verso, mais eu me frio.
As horas me cobram o que eu não vivi,
Os planos me matam, o tempo ri,
Tento ser forte, mas o som denuncia,
O caos é meu ritmo, a dor é poesia.

(Refrão — repetição final)
De novo eu caio, sangrando calado,
De novo sorrindo pra disfarçar o estrago,
De novo eu amo quem já foi embora,
De novo eu espero quem nunca volta.
De novo eu grito, ninguém escuta,
De novo eu tento curar com luta,
De novo eu finjo que o peito é de aço,
Mas dentro de mim... só tem cansaço.